Com a entrada das gravadoras seculares, a pressão por álbum novo todo ano tem forçado artistas cristãos a trabalhar igual ao meio secular com músicas focadas para vendagem, com menos conteúdo e com pouco tempo de construção de uma música nova.
Em décadas passadas os CDs eram feitos com muito amor, dedicação, oração e temor a Deus. Tinha conteúdo nas letras e inspirada pelo Espirito Santo. Claro que no meio dessa ceara ainda encontramos cantores que cultivam o formato antigo que deu origem a letras que marcaram gerações.
A letra tem que ser feita para o Criador, o foco mudou, hoje nas igrejas falam muito do eu ter, do eu conseguir, do eu alcançar, muito coaching, menos bíblia e Deus tem ficado em segundo plano. Cultos preparados para conduzir o fiel ao bem querer, músicas repetitivas com pouco conteúdo.
Assim como no SBT, os artistas do meio gospel importando muito enlatado europeu e norte americano devido a pressão do mercado e das gravadoras seculares que agora estão se especializando no meio evangélico. Perdeu a essência do passado para dar lugar ao IBOP e o lucro.
O mercado está em baixa, as igrejas fechadas em seus eventos, artistas escorregando na casca de banana por sujeiras escondidas debaixo do tapete afundando suas carreiras como um Titanic, caso recente como de Thalles Roberto que desceu ladeira a baixo como um carrinho de rolimã. Falta preparo e discipulado por parte dos lideres das mega-igrejas com seu corpo de membros-celebridades, que entram nessa vibe pra engordar o bolso. Quando a realidade cai, volta correndo para o meio de onde surgiu afim de ressuscitar o barco que já não tem solução no meio gospel.
Fazer letra pra vender e sumir como um meteoro ou escrever algo que o Espirito Santo tem parte e ser cantado por gerações? A essência do passado tem ficado no esquecimento porque os dias estão encurtando como na bíblia, Jesus está prestes a voltar e as pessoas seguindo o fluxo como se nada tivesse acontecendo a sua volta. A cortina fechada esconde muitos segredos por trás da cena, a teoria da conspiração aponta artistas gospel com participação nas ditas organizações da nova ordem mundial.
Faço esse desabafo porque está complicado escrever sobre cultura, música e artes, porque tem uma galera vacilando demais, artistas aliançados na política e igrejas agindo de luzes apagadas com medo dos holofotes da mídia. Nós do Na Balada Gospel, preferimos filtrar conteúdo do que entregar algo que não vai edificar a sua vida.
Chega de dar crédito ao que está fora da palavra, sou do tempo que as igrejas se juntavam para se divertir em Brasília, com eventos que envolviam as denominações. Em 90 / 2000 a barreira entre as igrejas não existiam, as letras tinham um sabor diferente e Deus sempre estava em primeiro lugar, porque ao final de cada evento fazíamos uma grande oração e cantávamos como corpo de Cristo.
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